Que tal ouvir um bom livro?

É isso mesmo: livro para escutar.
Com os compromissos diários que temos, fica difícil pararmos para ler um bom livro. Muitas pessoas com quem converso se queixam da falta de tempo, pois se não estão no trabalho, estão no trânsito, na academia ou fazendo qualquer outra coisa que impeça a leitura. Mas uma ótima notícia vem ganhando adeptos ao audiolivro. Bom pra quem está preso no trânsito e aproveita o tempo para “ouvir” seu livro de cabeceira. Essa novidade está ganhando a confiança de pessoas que têm o hábito da leitura. O mercado está crescendo no Brasil, tanto que algumas livrarias já reservam um espaço para os audiolivros. Nas livrarias Cultura, Plugme, Saraiva já podem ser encontrados esses itens.

Confira o trecho de alguns aqui.

Published in: on 23/09/2009 at 20:36  Comments (2)  

Assim vai de mal a pior

Planalto

É impressionante como a situação no Senado está uma palhaçada: cartão vermelho, cartão branco pra representar a paz, processos arquivados sem nenhuma resolução para os casos. É um querendo colocar a culpa no outro, mas assumir os erros ninguém se lembra que às vezes faz bem, não só pra si ou pra eles que estão envolvidos, mas pra um povo que cultiva esperança de melhoria na política como nós brasileiros.

Quando assistimos a vídeos publicados na internet ou lemos matérias de tudo como aconteceu e o que está acontecendo, dá a impressão de que aqueles que estão acusando são isentos de qualquer falcatrua. Não estou defendendo ninguém, pois pra mim quem está ali dentro não vale o prato que come.

Há uns tempos eu tinha esperança de melhoria, mas caí na real e vejo que a situação vai mudar sim, pra pior. Não consigo acreditar que na política do nosso país tenha ou terá alguém que esteja realmente livre de qualquer corrupção e queira realmente trabalhar pro crescimento coletivo. Fico envergonhada por ver alguns ainda na militância política se teve um péssimo passado político, como o ex-presidente Collor.

Olho pra cada um desses políticos e sinto que riem da nossa cara porque mesmo com todas as críticas e tentativas de votos bons, eles permanecem no poder, sinto-me uma verdadeira palhaça tendo que sair da minha casa pra votar nesses infelizes. Eu dispensaria sem nenhuma dor no coração isso que eles chamam de direito ao voto. Vendo-os falar assim me causa náusea, pois não temos direito algum, somente a obrigação, pois se fosse direito não seríamos punidos caso deixássemos de votar. Obrigam-nos a votar pra quê? Pra nada. Pra manter essa desorganização que está o Brasil.

Lamentável.

Published in: on 16/09/2009 at 19:07  Deixe um comentário  

Depois de algum tempo, resolvi procurar o texto completo da frase que vem abaixo do título deste blog. Um texto que nos faz refletir sobre todos os ângulos da nossa vida. Drummond, Cacá, Drummond de Andrade, enfim, como quiserem chamá-lo foi um poeta espetacular no Modernismo brasileiro, e mesmo depois de sua morte, continua nos servindo como grande referência de vida. Sou completamente apaixonada por ele. Segue o texto, mas não somente o leia. Reflita-o.

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas,

mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos

o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções

irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado

do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter

tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que

gostaríamos de ter compartilhado,

e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas

as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um

amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os

momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas

angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo

confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,

todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma

pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez

companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um

verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida

está no amor que não damos, nas forças que não usamos,

na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do

sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional…

Carlos Drumond de Andrade

Published in: on 02/09/2009 at 13:42  Comments (1)